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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

projeto dificuldades em leitura e escrita




Tema: Dificuldade de aprendizagem da leitura e escrita.

Justificativa.
 
 Sabemos que, geralmente convivemos com alunos com dificuldades de aprendizagem e professores com questionamentos sobre como melhorar a própria prática e prevenir o fracasso escolar. Esse projeto tem o foco de tentar resolver a situação encontrada, como também servir de referência reflexiva no dia a dia da prática escolar na contemporaneidade.
Percebemos que a realidade atual vem afastando cada vez mais nossos educandos do ato de ler. Aspectos como computadores, videogames, TV, o acesso restrito a leitura no núcleo familiar, e a falta de incentivo, têm ocasionado pouco interesse para leitura e por consequência das dificuldades marcantes que sentimos na escola: vocabulário precário, informal, dificuldade de compreensão, erros ortográficos, poucas produções significativas dos alunos, conhecimentos restritos aos conteúdos escolares. A leitura e escrita é uma das habilidades mais afetadas com maior frequência. O fracasso escolar, mais especificamente a dificuldade na elaboração da leitura e da escrita tem preocupado os educadores, pesquisadores e pais.
Sabemos que a aprendizagem não se restringe apenas as dependências escolares, os fatores exógenos são de fundamental importância neste contexto educacional, pois diz respeito à natureza, à direção e ao ritmo do desenvolvimento. É neste sentido que a família é determinante no processo de ensino-aprendizagem, já que é a primeira fonte de relações sociais do individuo e neste seio é possível se estabelecer condições para que haja possíveis dificuldades de aprendizagem.
 Por sua vez, conhecer as ações psicopedagógicas que podem ser sugeridas para a motivação dos alunos para a leitura, é de grande importância, pois são medidas reconhecidas por muitos teóricos como válidas para os esses alunos e vai dotá-los de sentimentos de alta estima, fazendo-os perceber suas potencialidades e recuperando, desta forma, seus processos cognitivos e afetivo-emocionais. 
Introdução
Neste projeto objetivou-se: trabalhar com o processo de leitura e escrita nos 3° anos; reconhecer a importância da leitura e escrita na constituição da vida em sociedade e acompanhar o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem dos alunos, orientando-os em suas dificuldades. Realizou-se observação em sala de aula, bem como, atividades diagnósticas relacionadas à leitura e escrita. Neste âmbito, buscou-se proporcionar um aprendizado da leitura e da escrita, considerando o contexto social do aluno, e este como ser atuante e sujeito da história. O processo da escrita é um processo complexo, que envolve tanto o domínio do sistema alfabético/ortográfico, quanto à compreensão e o uso efetivo e autônomo da língua). É através da leitura e da escrita que a criança terá a possibilidade de conhecer seu desempenho e compreender seu processo de aprendizagem e formação, pois, quando passa a ter consciência deste processo, desenvolve-se intelectual, social e afetivamente. Para Freire (1975), a aprendizagem da leitura e da escrita equivale a uma releitura do mundo, ou seja, deve-se partir do contexto social da criança para estar trabalhando no sentido de fazer com que aprendam não apenas a repetir palavras, mas a entender o significado e o valor de cada palavra e do que esta sendo comunicado, em variados contextos. A leitura é o ato de interpretar tudo aquilo que nos é mostrado. É um processo de relacionar símbolos escritos a unidades de som e é também um processo de construir uma interpretação de textos escritos. Quando alguém sabe ler, mas não consegue compreender sequer textos curtos, essa pessoa pode ser alfabetizada, mas tem um nível de letramento muito baixo. Esse nível pode aumentar, à medida que o indivíduo aprende a lidar com diferentes materiais e conteúdos de leitura e de escrita e consegue perceber as intencionalidades ideológicas contidas em contextos de leitura e escrita. Vygotsky (1988) ressalta que a leitura nunca é mera decodificação mecânica. Nos momentos em que a decodificação dos signos está presente, a leitura vem impregnada de sentidos e predomina sobre o significado da palavra. O autor ainda destaca que as palavras obtêm seu sentido no contexto do discurso; mudando o contexto, varia o sentido da palavra. Desta forma, aprender a ler e escrever são ir além do papel e caneta, é compreender todo o processo de alfabetização, não no sentido de uma manipulação mecânica de palavras soltas, mas sim numa relação que busca interagir linguagem e realidade. Segundo Ferreiro (1985) para chegar à compreensão da correspondência entre as letras – unidades gráficas mínimas – e os fonemas – unidades sonoras mínimas é preciso realizar uma operação cognitiva complexa. Nas escritas alfabéticas, essa empreitada envolve entender o que a escrita representa as palavras faladas e como a escrita cria essas representações.  Ele demonstra que conhecem de alguma forma, as estruturas e funções da escrita. O mesmo se faz quando uma pessoa pede para outra ler algo. Este indivíduo é analfabeto, não possui a decodificação dos signos, mas, ele possui certo grau de letramento devido a sua experiência de vida em uma sociedade que é permeada pela escrita, logo, este é letrado. De acordo com Ferreiro & Teberosky (1991), investigações recentes demonstraram que a aprendizagem da escrita não é uma tarefa simples para a criança, já que requer um processo complexo de construção, em que suas ideias nem sempre coincidem com as dos adultos. A escola, muitas vezes, parte do princípio de que o aprendiz deve unicamente conhecer a estrutura da escrita, sua organização em unidades e seus princípios fundamentais, que incluem basicamente algumas das noções sobre a relação da escrita com a oralidade, para que possua os pré-requisitos, aprenda e desenvolva as atividades de leitura e de produção da escrita. Contudo a escrita ultrapassa sua estruturação e a relação entre o que se escreve e como se escreve demonstra a perspectiva de onde se enuncia a intencionalidade das formas escolhidas. Para que os alunos aprendam a ler e a escrever é preciso, portanto, planejar situações didáticas específicas destinadas a essa finalidade, não basta inundá-los de letras escritas. Frequentemente, o aprendizado fora dos limites da instituição escolar é mais motivador, pois a linguagem da escola nem sempre é a do aluno. Dessa maneira percebe-se uma escola que ainda exclui, reduz, limita ou desconsidera o contexto do aluno ou então, que não avança neste contexto que o aluno traz. É Importante observar o que nos diz Abaurre (1987, p, 49), ao defender que as crianças aprendem a escrever com a própria escrita, explorando todas as suas possibilidades, vivenciando o conflito entre o idiossincrático e o convencional: ”A leitura e a escrita podem surgir de forma espontânea e significativa já na pré-escola, prescindindo da condução e treinamento rígidos pressupostos pelo uso de cartilhas” Neste sentido, acredita-se que ensinar é deixar aparecer às contradições, as semelhanças, as diferenças. É possibilitar condições para que isso aconteça, para as descobertas, os conflitos e o debate. Isso não se garante com uma classe organizada circularmente, grupos, ou em filas, não é essa a questão. Isso acontece na relação que se estabelece entre as pessoas e com o conhecimento.  Além disso, a aprendizagem se tornará destituída de prazer se a escrita for reduzida a uma série de exercícios de codificação e decodificação de “textos” enfadonhos e artificiais, preparados para se aprender a ler e a escrever. Quanto maior a familiaridade com material escrito, maior facilidade da criança em reconhecer, identificar e compreender o texto escrito e seus usos, aprendizagem que inclui também a identificação dos elementos caracterizadores do texto escrito. As dificuldades de aprendizagem no ensino da leitura e da escrita existem e podem surgir em qualquer pessoa, independente do estado social a que pertença. Deve-se fazer um esforço conjunto no sentido de tentar minimizar essas dificuldades, por isso, é fundamental a participação da escola, dos professores, da família e de todos os especialistas ligados à área do conhecimento neste processo. O professor deve ser um profissional que tenha consciência da especificidade do seu trabalho, que é o de ensinar, e para ensinar deve ter o domínio do conhecimento, bem como é necessário ter como princípio norteador à unidade entre teoria e prática. Assim, é fundamental partir da realidade de cada sala de aula, de cada escola, e da realidade em que o aluno está inserido. E aí então é que se devem retirar os elementos que permitirão compreender e direcionar uma ação consciente que procure superar as dificuldades encontradas e recuperação do real significado do papel do professor. Através da prática de ensino, pode-se perceber que apesar de ser primordial, não é apenas frequentando um curso de graduação que o individuo se torna profissional. É, sobretudo, comprometendo-se profundamente como construtor de uma práxis que se forma o profissional. É preciso construir identidades como professoras. Como educadores, precisamos aprofundar a reflexão sobre o alfabetizar letrando, pois segundo Albuquerque, afirma que é um desafio permanente, que implica sobre as práticas e as concepções por nos adotados ao iniciarmos nossas crianças e nossos adolescentes no mundo da escrita, analisarmos e recriarmos nossas metodologias de ensino, a fim de garantir, o mais cedo e da forma mais eficaz possível.

OBJETIVO GERAL:
Mediar os alunos num processo de leitura permanente para estarem continuamente atualizados frente aos desafios e perspectivas do mundo moderno/contemporâneo, ajudando-os a se tornarem leitores e escritores;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS;
  Desenvolver estratégias e procedimentos de leitura eficientes
Propor situações didáticas que garantam, de maneira contínua, a abordagem de gêneros diversos selecionados em função de temas de estudo e com grau de dificuldade crescente;
Buscar informações, selecionar estratégias de leitura conforme os propósitos específicos;
Oportunizar aos estudantes o acervo de inúmeras coletâneas de variados autores, buscando sempre, ampliar seus conhecimentos e suas capacidades criativas;
Incentivar o estudante a compreender e utilizar melhor as regras ortográficas da Língua Portuguesa;
Identificar as características dos textos estudados;
Ler individualmente e em grupo, conhecendo os clássicos e identificar recursos linguísticos, procedimentos e estratégias discursivas para relacioná-las com seu gênero;
Reconhecer a leitura como uma fonte essencial para produzir textos;
Produzir e revisar textos em diferentes gêneros; 

Metodologia
 De acordo com os objetivos citados, este projeto de intervenção, refere-se a promover atividades de leitura, escrita e produção de texto na turma do 3º ano da rede de ensino público municipal, visa possibilitar a construção de incentivo dos mesmos, conhecer diferentes tipos de textos como o conto, jornais e revistas. Formar leitores autônomos, diversificar estratégias de leitura e escrita e ampliar as suas práticas para avaliar o desenvolvimento de aprendizado dos alunos.
II BIMESTRE
Apresentação do projeto aos alunos e à escola;
Questionário sobre sua prática atual de leitura;
Diversas modalidades de leitura: Silenciosa, compartilhada, socializada, individual, cantinho da leitura, biblioteca e mediada (escolher um determinado autor, gênero textual, uma temática etc.), leituras pelos alunos em grupo, (cada grupo com livro e cada aluno lê um parágrafo ou página), leitura oral, leitura feita pelo aluno;
Fazer uma leitura com boa entonação de voz, destacando as partes emocionantes;
III BIMESTRE
Exploração dos sentidos dos textos, vocabulário, aspectos formais do texto, idas e vindas ao retorno dos textos, leitura da parte final do texto, conversa sobre a história, comparar leituras de livros;
Debates;
Produções textuais relacionadas ao texto explorado, já que, ao usar elementos de conteúdo ou forma, eles se apropriaram dos elementos escritos, assim adquirindo competências e novas idéias de formulações do texto lido;
Produzir textos e expor na sala;
IV BIMESTRE
Recortar textos de seu interesse em jornais, revistas ou livros.
Roda de leitura;
 Parada da leitura semanal (Fotografar momento ou filmar);
 Dramatizações a cada final de unidade (critério do professor escolher apresentação);
 Confecção mural do leitor; (Campeões da semana na leitura, li e gostei dicas do bom leitor, piadas, causos, informações, autor estudado na semana, Recadinhos, acontecimentos) Sugestões para mural;
Gincana da leitura;
Confeccionar murais em conjunto;


REFERÊNCIAS

Abaurre, M.B.M.et AL. Leitura e escrita na vida e na escola.In:Leitura:teoria e prática v.4,n.6,1965,p.15-26
Albuquerque, E, B.C. Alfabetização e letramento; O que são?Como se relacionam? Como ‘alfabetizar letrando’
FERREIRO, E. & TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Rio de Janeiro: Artmed, 1991. FERREIRO, E. Reflexões sobre a alfabetização. São Paulo: Cortez, 1985. FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 5ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975. Letramento. São Paulo: Contexto, 2000. VIGOTSKY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendiz

domingo, 2 de agosto de 2015

importância de sondagem de escrita


As investigações realizada pela estudiosa Emília Ferrero sobre a psicogênese da língua escrita permitem ao educador atuar como mediador no processo de ensino-aprendizagem.

A sondagem é de grande apoio para o educador mapear o conhecimento dos alunos em relação a escrita, desta forma estruturar materiais para possíveis intervenções. Elaborar aulas capazes de proporcionar avanços na aprendizagem, acompanhar o processo de aprendizagem de cada aluno, bem como criação de portifolios com a evolução da hipótese de escrita ao longo do ano letivo.

Finalidades da Sondagem

Como subsídio para o professor, ela se destaca como um instrumento para analisar as hipóteses de grafia infantil durante atividades lúdicas, que coloca a criança diretamente em contato com desafios da escrita. Consequentemente, a sondagem que deve ser feita individualmente, sempre com palavras e atividades inéditas, possibilita:As investigações realizada pela estudiosa Emília Ferrero sobre a psicogênese da língua escrita permitem ao educador atuar como mediador no processo de ensino-aprendizagem.

A sondagem é de grande apoio para o educador mapear o conhecimento dos alunos em relação a escrita, desta forma estruturar materiais para possíveis intervenções. Elaborar aulas capazes de proporcionar avanços na aprendizagem, acompanhar o processo de aprendizagem de cada aluno, bem como criação de portifolios com a evolução da hipótese de escrita ao longo do ano letivo.



Frequência da Sondagem
Por entendermos que a sondagem trata-se de um processo para acompanhar a evolução da escrita dos alunos, a avaliação diagnóstica precisar ser realizada a cada 15 dias ou uma vez ao mês.

Como aplicar a sondagem
Para realizar uma sondagem escolhe-se quatro palavras ( uma polissílaba, uma trissílaba, uma dissílaba e uma monossílaba, nesta ordem) e uma frase de um mesmo campo. Uma das palavras ditadas anteriormente deve aparecer nesta frase.

Exemplo:

Lista de animais
Elefante
Cavalo
Pato

O pato está na lagoa.

Pegue uma folha de sulfite e peça para a criança escrever do jeito que souber as palavras que serão ditadas e coloque o nome e a data no topo da folha. É importante pedir para que a criança leia, apontando as letras e os sinais correspondentes à fala. A partir do material investigado em uma sondagem, pode-se refletir sobre o pensamento da criança e perceber sua hipótese lingüística.


A sondagem deve ser utilizada como:

Instrumento para analisar as hipóteses da criança a partir de atividades significativas, colocando a criança diretamente em contato com o desafio de escrever;
Subsídio para o professor;
Conhecer o que a criança pensa de forma geral sobre a escrita, qual a lógica que utiliza naquele momento para escrever;
Analisar as hipóteses das crianças a partir de uma proposta significativa, que faz parte de uma seqüência de atividades, ela sabe porque está escrevendo e para que está escrevendo, tendo uma função social;
Colecionar produções das crianças: com esse material é possível fazer um acompanhamento periódico da aprendizagem da criança e formular indicadores que permita, ter uma visão da evolução da hipótese de escrita da criança ao longo do processo.

Instrumento para mapear o conhecimento das crianças sobre a escrita;
Material de pesquisa para definir as possíveis intervenções;
Elaborar seu planejamento, propondo situações capazes de gerar novos avanços na aprendizagem das crianças;
Obter dados sobre o processo de aprendizagem de cada criança;

Para mais informações acesse: 
http://revistaguiafundamental.uol.com.br/professores-atividades/94/artigo252538-4.asp


Ideias e sujestoes para atividades pré-silabicos


I – ESTRATÉGIAS DE LEITURA.
Ler não é um ato mecânico, é um ato de construção ativa de um texto. Ele ativa uma série de movimentos do pensamento do leitor que ocorrem ao mesmo tempo e são utilizadas durante a compreensão do texto.
Esses movimentos são:

1)ANTECIPAÇÃO: refere-se às hipóteses que o leitor cria que tornam possível prever o que está por vir com base nas suposições. O leitor, às vezes, antecipa significados. Quando o conteúdo é conhecido, é possível até eliminar letras ou até palavras do texto, sem prejudicar a compreensão. Se aparecem termos difíceis ou desconhecidos, o leitor precisará reler para compreender o que foi lido.
Para desenvolver a habilidade de antecipação o professor pode dizer o nome de um livro ou texto, mostrar a capa e perguntar aos alunos o que eles acreditam que vão ler ou qual é o assunto, o que vai acontecer, quais as personagens envolvidas, como pode terminar a história etc;

2)SELEÇÃO: refere-se à ação do leitor de selecionar o que é útil para a compreensão do assunto e desprezar os itens sem importância. Isso ocorre quando se pede ao leitor resumir a história que se acabou de contar, norteando a criança com perguntas: o que aconteceu? Com quem? Onde? Quando? Como? Por quê? 

3)INFERÊNCIA: refere-se à ação de captar o que não está dito no texto de forma explícita. O leitor deduz a partir de seus conhecimentos prévios, a partir de adivinhações baseadas em pistas deixadas no que está escrito.

4)VERIFICAÇÃO: torna possível confirmar ou não as expectativas levantadas durante a leitura. Essa avaliação permite que o leitor repense as hipóteses levantadas e faça correções. Isso ocorre, por exemplo, quando durante a leitura, o aluno volta para corrigir a leitura de uma palavra e ajusta-a ao significado e ao contexto.

Essas estratégias relacionam-se à interpretação. Usa-se uma estratégia, porque está entendendo o texto e entende-se o texto porque se aplicam essas estratégias.
Assim, para fazer uma leitura eficiente, o aluno precisará:

- formular perguntas em quanto lê;
- selecionar elementos relevantes à compreensão;
- complementar informações, suprindo elementos ausentes;
- antecipar fatos;
- criticar conteúdos;
- estabelecer relações com outros conhecimentos;
- perceber as intenções do autor;