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sábado, 29 de julho de 2017

Ideias sobre alfabetização

Ideias e sugestões de atividades para a fase alfabética

Quando a criança reconstrói o sistema linguístico e compreende a sua organização, ela transpõe a porta do mundo e das coisas escritas, conseguindo ler e expressar graficamente o que pensa ou fala.
Nesse momento a criança escreve foneticamente (relação som e letra), mas não ortograficamente. O desafio agora é tornar a escrita ortográfica.

Algumas sugestões, a fim de apoiar os educadores no momento da intervenção.
- cruzadinha
- reescrever histórias
- estimular a escrita de textos
- buscar significados das palavras em dicionário

Ideias e sugestões de atividades para a fase silábico-alfabético
Por se tratar de um nível intermediário, é mais uma vez um momento conflitante, pois a criança precisa negar a lógica do nível silábico.
Ninguém consegue ler o que ela escreve e, nesse momento, ela se vê sem saída. Isso acontece principalmente quando ela usa só vogais, porque a mesma combinação de letras serve para escrever muitas outras palavras.
Cabe ao educador propor atividades que levem a criança a refletir sobre a sua escrita e a escrita encontrada em livros, revistas, jornais e etc.
algumas sugestões, a fim de apoiar os educadores no momento da intervenção.

organizar frases de um texto conhecido
criar lista de alimentos, material escolar, nomes e etc.
bingo de palavras
escrita de texto coletivo

Ideias e sugestões de atividades para a fase silabica
Quando a criança chega ao nível silábico, sente-se confiante porque descobre que pode escrever com lógica. Ela conta os “pedaços sonoros”, ou seja, inicia-se a consciência fonológica, colocando uma letra para cada sílaba. Essa noção de que cada sílaba corresponde a uma letra pode acontecer com ou sem valor sonoro.                                algumas sugestões, a fim de apoiar os educadores no momento da intervenção.
* Bingo de sílabas
* Jogo da memória (figura e palavra)
* Pesquisa de palavras em jornais e revistas

Ideias e sugestões de atividades para a fase pré-silabica
Iniciou-se o ano letivo e para identificar a hipótese da escrita dos alunos, aplicamos a sondagem e no deparamos com alunos que ainda estão na fase pré-silábica. E agora? Quais atividades, nós devemos aplicar para que os alunos avancem para a fase silábica?
Sabemos que nesta fase as crianças representam a escrita por meio de desenho ou grafia de letras, números e símbolos. Precisamos dar funcionalidade social à escrita.
algumas sugestões, a fim de apoiar os educadores no momento da intervenção.
Criar mural com a lista de nomes
Criar mural com os nomes por quantidade de letras
Criar mural com os nomes por ordem alfabética
Construção do nome com alfabeto móvel

Níveis da Escrita
Caracterização da fase pré-silábica

A criança quando está neste nível apresenta algumas fases bem definidas: a fase pictórica, fase gráfica primitiva e fase pré-silábica.

a) Fase Pictórica: a criança registra garatujas e desenhos.

b) Fase Gráfica Primitiva: a criança registra símbolos ou números misturados com letras.
NπTB∞J ( CARRO )
VNG7K9L ( ÁRVORE )

c)Fase Pré-silábica: a criança começa a diferenciar letras de símbolos e números.
Exemplo:
TRGHJ ( MOCHILA )
LKSLKJWKN ( BANANA )

Caracterização da fase silábica

A criança conta os “pedaços sonoros”, isto é, as sílabas, e coloca um símbolo ( letra ) para cada pedaço. Essa noção de cada sílaba corresponder a uma letra pode acontecer com valor ou sem valor sonoro.
Exemplos:
JH ( PATO ) YR ( PATO) s/ valor sonoro
PT ( PATO ) AO ( PATO) c/ valor sonoro
Caracterização da fase silábico-alfabético
É um momento conflitante, pois a criança precisa negar a lógica do nível silábico. É quando o valor sonoro torna-se imperioso, e a criança começa a acrescentar letras principalmente na primeira silábica.
Exemplos:
CAVL ( CAVALO )
TOAT ( TOMATE )

Caracterização da fase alfabética

A criança reconstrói o sistema lingüístico e compreende a sua organização.
Exemplo:
Ela que os sons C e A são grafados CA e que S e A são grafados SA e que, juntos significam CASA. Ortográfico: a criança apresenta-se na fase alfabética e necessita da ajuda do professor na ortografia.
Exemplo:
caza, conheceno, moxila, nois, vamus, aí ele foi lá, daí aconteceu.

Hipersegmentação:
a onde
em bora
vi zita

hiposegmentação:
  fiquerrendo (fique correndo)
menetinha (minha netinha)
mucuidado (muito cuidado)

QUE TIPO DE LETRA USAR, BASTÃO OU CURSIVA?
Na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, utiliza-se letra BASTÃO (letra de forma maiúscula), porque é a letra que mais aparece no mundo letrado e porque é mais fácil de traçar, além disso, o fato de as letras serem separadas permite que as crianças percebam como se formam as palavras e as características do sistema da escrita. Esse trabalho agiliza a aprendizagem da leitura, mesmo antes de as crianças saberem ler fluentemente, e proporciona a construção da idéia da escrita convencional.
Quando as crianças estiverem alfabetizadas, pode-se introduzir as letras de fôrma minúscula e a cursiva. Pode-se expor cartazes mostrando a correspondência entre as letras de fôrma cursiva. É importante também escrever na lousa, usando as letras de fôrma e cursiva. O traçado de letra deve ser ensinado, mas não deve ser o centro do trabalho de escrita. Os alunos irão se apropriar dessa habilidade escrevendo textos.

Conflito entre o uso de sílabas ou o trabalho com textos

Com sílabas
A aprendizagem se dá por associações entre o desenho das letras e os sons correspondentes. Usam-se basicamente cópias e ditados, para a fixação de palavras, começando com as unidades mais simples (sílabas) e posteriormente, seguindo em direção às estruturas mais complexas ( letras, sílabas, palavras e frases). Os textos são produzidos após o domínio de todas as famílias silábicas normalmente são desvinculados de atividades práticas ou situações do cotidiano. Por isso, é possível ler somente depois de estar alfabetizado. Privilegia-se a memorização das estruturas gramaticais, deixando de lado a compreensão de mecanismos de escrita. A letra cursiva é treinada desde o início do processo. O planejamento pode ser o mesmo em qualquer ano e em qualquer série.

Com textos
O processo pedagógico inicia-se com o contato, a leitura, a interpretação e a escrita espontânea de textos variados, presentes em situações reais de comunicação, que levam o educando a construir as formas convencionais da linguagem. A compreensão dos significados dos textos é mais importante que a memorização. Acredita-se que interagindo com textos reais, mesmo que não saiba ler convencionalmente, o aluno aprenderá as características da linguagem. O valor sonoro é importante, mas é considerado um conteúdo dentre todos os outros que permitem a aprendizagem e o domínio da leitura e da escrita de textos. O planejamento deve ser feito em função de uma classe real e, portanto, deve ser revisto e analisado sempre. A classe deve ser heterogênea, pois a interação entre os alunos com diferentes níveis de conhecimento favorece a aprendizagem e a circulação de informações.

Com sílabas
Utilizam-se textos artificiais. A cartilha é o material predominante. Os textos de leitura são curtos, simplificados e desvinculados da linguagem usada no cotidiano. O objetivo maior desse tipo de texto é o treino de sílabas e a posição ocupada pelas letras. Raramente usam-se livros de literatura, jornais e etc.

Com textos
É valorizado o emprego de materiais diversos: textos reais (usados no dia-a-dia), literários, informativos. As atividades em classe são enriquecidas com jornais, revistas, livros de historias, canções, textos de embalagens, folhetos de propaganda, gibis e outros materiais de interesse dos alunos. São atividades desafiadoras que se configuram como situações-problema, em que os alunos precisam utilizar o que já sabem, para aprender o que ainda não sabem.

Com sílabas
A ação baseia-se em seguir a cartilha, que estabelece a sequencia de aulas. A professora prepara exercícios de treino de fixação das sílabas estudadas e avalia o desempenho dos alunos por meio dos ditados, leitura em voz alta de palavras e análise estética da letra cursiva.

Com textos
A professora, compreendendo a concepção lingüística das crianças faz a mediação da aprendizagem preparando atividades que ajudam a reelaborar as hipóteses do educando sobre a estrutura da língua. Acompanha o desenvolvimento da turma por intermédio da análise de sondagens da escrita espontânea de textos e de listagens.

Com sílabas
Devem seguir a cartilha, lição por lição, sem autonomia. Aprende o que a professora ensina. Suas idéias sobre o funcionamento da língua não tem importância nessa abordagem.

Com textos
Tem liberdade para criar historias, desenhar,registrar idéias e interpretar as diversas formas de escrita encontradas no dia-a-dia. Desde o principio, é considerado leitor e produtor de textos.